Informe e sensibilize os colaboradores com a campanha do ‘Agosto Lilás – Sua dor tem nome. O autor também’, um sinal de alerta aos casos de violência doméstica que se multiplicam no Brasil
PIXMÍDIA
O Agosto Lilás na empresa é mais uma dessas campanhas mensais que, sinceramente, gostaríamos que não precisassem existir. Não por falta de importância, muito pelo contrário, mas porque nenhuma mulher deveria viver com medo, sofrer calada ou ser vítima de qualquer tipo de violência.
Por isso, essa iniciativa não pode ficar de fora do calendário de ações de endomarketing da sua empresa. Afinal, quase metade das mulheres brasileiras sofreu algum tipo de violência em 2024, ou seja, é bem provável que o problema esteja mais próximo do que você imagina.
Ainda assim, acolher amigas, colegas e familiares exige mais do que palavras bonitas. É preciso validar o que elas dizem, oferecer um ambiente seguro e encorajá-las a buscar ajuda.
Mais do que isso, é fundamental agir na raiz do problema. Isso envolve reconhecer que, em grande parte dos casos, os agressores são homens, e que muitos comportamentos, há muito tempo naturalizados, precisam ser questionados, expostos e combatidos.
Para saber mais sobre o Agosto Lilás na empresa, o mês dedicado ao combate à violência contra a mulher, além de dicas de ações imperdíveis para engajar, informar e sensibilizar os colaboradores, continue a leitura e conheça a campanha ‘Sua dor tem nome. O autor também’:
Um silêncio que pode custar caro
Se em 2023 propusemos a campanha ‘Conta, Maria’, um apelo simbólico para que todas as mulheres denunciassem seus agressores, neste ano o foco é outro. Queremos lançar luz sobre o que costuma ficar escondido (e não estamos falando apenas da dor).
A violência contra a mulher, embora presente nos noticiários e nas estatísticas, muitas vezes permanece escondida no cotidiano.
Estamos falando de uma dor silenciosa, disfarçada de normalidade e que não deixa marcas só no corpo, mas também na autoestima, nas relações e na confiança. Uma dor que tem nome, que pesa e que, infelizmente, ainda é carregada sozinha por muitas mulheres.
Mas não é só a dor que se esconde: o autor também.
Aquele que agride, ameaça e humilha, podendo ser um parceiro, colega, amigo ou parente. Muitas vezes, ele continua circulando livremente, impune e protegido por silêncios, piadas e estruturas que o favorecem em vários aspectos.
Por isso, a campanha ‘Sua dor tem nome. O autor também’ convida todos, empresas, lideranças e colaboradores, a encararem esse problema. A ideia é sair do discurso genérico e assumir o compromisso de identificar, nomear e combater comportamentos abusivos onde quer que eles estejam, inclusive dentro do ambiente de trabalho.
Para ajudar você nesse compromisso, confira as 11 dicas de endomarketing que preparamos especialmente para o Agosto Lilás na empresa:
1. Fale sobre os diferentes tipos de violência
Apesar de ser extremamente grave, a agressão física não é o único tipo de violência que pode afetar as mulheres. Porém, será que as funcionárias da sua empresa sabem disso?
Para mantê-las bem informadas, explique que a Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar. São elas: econômica, física, moral, psicológica e sexual.
Abaixo você confere uma breve explicação sobre cada uma delas:
2. Promova um workshop
Mulheres vítimas de violência doméstica dificilmente conseguem separar o que acontece em casa do trabalho, o que acaba comprometendo a sua produtividade e concentração.
Por isso, o Instituto Maria da Penha promove um workshop para gestores e funcionários de empresas públicas e privadas. Afinal, combater a violência é um dever de todos.
Dessa forma, o Agosto Lilás na empresa representa só o início de uma política contínua de enfrentamento à violência doméstica e familiar no ambiente de trabalho.
3. Explore diferentes canais de comunicação interna
Se a sua organização sempre quis experimentar vários canais de comunicação, mas nunca pôde testá-los, o Agosto Lilás na empresa é uma oportunidade imperdível!
Como essa é uma campanha que conversa com vários públicos diferentes, o uso de mais de um canal pode facilitar a disseminação e segmentação da mensagem.
Enquanto a TV corporativa faz mais sentido para quem trabalha no escritório, o aplicativo de comunicação interna alcança os colaboradores que estão em regime de home office.
Para além dos canais, o conteúdo também precisa ser adaptado. Afinal, a mulher vítima de violência não pode receber a mesma informação que potenciais agressores, por exemplo.
Quer ter acesso a materiais exclusivos? Baixe grátis o kit de imagens e vídeos do Agosto Lilás na empresa. Assim, você personaliza todos os canais da empresa com o tema da campanha.
4. Crie um grupo de mulheres contra a violência
Nada mais efetivo do que promover um espaço onde as mulheres podem trocar experiências, dividir suas angústias e apoiar umas às outras sem julgamento.
Essas são as vantagens de criar um grupo de mulheres, que quando se reúnem regularmente, contribuem para uma rede de apoio sólida e acolhedora.
O grupo também pode convidar palestrantes de diversas áreas para falar sobre autoestima, carreira, maternidade, saúde e muito mais, expandindo a abordagem para além da violência.
5. Adote um canal de denúncias
Criar um canal de denúncias pode parecer uma medida simples, mas faz toda a diferença para quem está em situação de vulnerabilidade. E o melhor: essa é uma iniciativa que pode começar no Agosto Lilás e continuar ativa o ano todo.
Uma pesquisa global recente mostra que quase metade das mulheres brasileiras (49%) têm medo pela própria segurança no trabalho, seja durante o expediente, no trajeto ou em viagens a trabalho.
E mais: 1 a cada 4 mulheres relatou já ter sofrido assédio enquanto atendia clientes ou consumidores, isto é, números que escancaram uma realidade que não pode mais ser ignorada.
Oferecer um canal seguro, que aceite denúncias anônimas e seja mediado por profissionais capacitados, é uma forma de mostrar que a empresa leva o tema a sério. O ImidiaApp, por exemplo, permite configurar esse tipo de canal com facilidade e sigilo.
Ao criar esse espaço de escuta e acolhimento, a empresa não apenas protege suas colaboradoras, como também deixa claro que, aqui, assédio e violência não têm vez.
6. Encoraje a independência financeira das funcionárias
A dependência econômica é uma das principais razões que impedem mulheres em situação de violência de romperem o ciclo de abusos. Sem uma renda própria ou autonomia patrimonial, muitas permanecem em relações destrutivas por pura falta de opção.
Segundo pesquisa do Observatório da Mulher contra a Violência, em parceria com o Instituto DataSenado, 46% das mulheres deixam de denunciar seus agressores por dependerem economicamente do parceiro.
Esse dado reforça a importância de incentivar a autonomia financeira dentro do ambiente corporativo. Sua empresa pode contribuir com ações simples, mas de grande impacto. Fique por dentro de algumas delas:
- Oferecer palestras sobre educação financeira, ajudando as mulheres a compreenderem e organizarem melhor suas finanças pessoais;
- Incentivar programas de mentoria entre colaboradoras, fortalecendo vínculos e promovendo o crescimento profissional por meio da troca de experiências;
- Criar campanhas internas de valorização do protagonismo feminino na carreira, reconhecendo trajetórias inspiradoras e promovendo exemplos positivos dentro da empresa;
- Firmar parcerias com instituições que ofereçam cursos de capacitação profissional gratuitos ou com desconto, ampliando as oportunidades de qualificação e empregabilidade.
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7. Disponibilize apoio psicológico
A violência não afeta só o corpo. Ela abala a autoestima, distorce a percepção de realidade e muitas vezes deixa marcas profundas na saúde mental.
Por isso, oferecer suporte psicológico deve ser uma prioridade no ambiente de trabalho. Esse cuidado pode começar com ações internas, tais como:
- Incluir psicólogos no plano de saúde corporativo, garantindo acesso facilitado a atendimentos especializados;
- Contratar atendimento psicológico por demanda, voltado especialmente a colaboradoras em situação de vulnerabilidade ou que enfrentaram episódios de violência;
- Firmar parcerias com ONGs e instituições especializadas, que ofereçam acolhimento gratuito, escuta qualificada e orientação emocional.
Ter a quem recorrer, com escuta ativa e sem julgamentos, é essencial para que essas mulheres se sintam acolhidas e fortalecidas para tomar decisões seguras. O suporte emocional também contribui para a criação de um ambiente corporativo mais humano e empático para todos.
8. Capacite líderes e profissionais de RH
Não basta apenas criar canais de denúncia ou materiais de campanha.
Para que a empresa atue, de fato, no combate à violência contra a mulher, é necessário preparar as pessoas que estão na linha de frente.
Profissionais de RH e lideranças precisam estar capacitados para identificar sinais de violência, acolher denúncias com responsabilidade, orientar com empatia e encaminhar os casos de forma ética.
Isso inclui treinamentos sobre escuta qualificada, primeiros passos diante de relatos sensíveis, e atualização constante sobre a legislação.
9. Crie um comitê de diversidade com foco em gênero
Comitês de diversidade são mais do que uma tendência: são ferramentas estruturadas para transformar a cultura organizacional. E, quando voltados à equidade de gênero, eles se tornam aliados potentes no combate à violência.
Ao formar um comitê com representantes de diferentes áreas e níveis hierárquicos, a empresa ganha um grupo de apoio que pode:
- Monitorar o clima organizacional, colhendo percepções e identificando possíveis pontos de atenção;
- Sugerir políticas internas que previnam a violência e promovam a equidade de gênero;
- Acompanhar indicadores relacionados à diversidade, assédio e bem‑estar das colaboradoras;
- Garantir que os temas de gênero e violência sejam trabalhados o ano todo, e não apenas em agosto.
Esse grupo pode também atuar como referência para colaboradoras em situação de vulnerabilidade, criando um espaço contínuo de escuta, acolhimento e construção de soluções reais.

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