Estamos passando por um momento único na história do varejo, onde os novos hábitos de compra estão transformando os tradicionais canais e estimulando o surgimento de novos formatos de lojas
MERCADO E CONSUMIDOR
11/12/2018
Tudo começa pelo shopper, aquele personagem fundamental que sempre realizou a compra na sua loja e que sempre decidiu o que iria comprar na frente da prateleira. Isso é passado. Ele mudou e não mudou hoje.
A tecnologia, que está em todo lugar, facilitou tanto a sua vida, tornou tão fácil a comparação de preço, ganhou agilidade na “compra com um clique”, e que hoje está avançando para entregas quase que imediata das mercadorias, acostumou tão bem o shopper, que ele está buscando essa facilidade do mundo digital no mundo físico através de uma palavra: conveniência.
A busca pela conveniência, aliada ao equilíbrio do preço cobrado, está impactando diretamente as características dos canais tradicionais do varejo. Você conhece o novo atacado? Como os hipermercados estão reagindo à esse movimento? O que são as lojas de proximidade? As lojas de conveniência não são mais as mesmas e você precisa entender no que elas se transformaram. Quais as oportunidades das farmácias no novo varejo?
Atacado
Para aqueles que acompanham de perto o desenvolvimento deste canal, percebe que está havendo uma transformação principalmente em função do perfil de quem está visitando suas lojas. Os principais clientes do atacado sempre foram os “Transformadores”, isto é, pizzarias, restaurantes e pequenos negócios de alimentação fora do lar. O shopper brasileiro, atento a essa oportunidade, passou a fazer compras nos atacados. As famílias e amigos se organizam para fazer compras planejadas de produtos para abastecer o mês inteiro e, no final da compra, dividem a conta. A redução de compra das pessoas jurídicas e o crescimento das pessoas físicas, em algumas lojas, já equilibrou o percentual de participação em 50%.
Não é à toa que este canal vem crescendo nos últimos anos e o atacado está se transformando em atacarejo (atacado + varejo) por força do novo consumidor. Os atacadistas estão tendo que rever suas operações de loja, a gestão de seus funcionários e o sortimento oferecido, para atender melhor um cliente que tem um tíquete médio menor que um Transformador e que tem exigências distintas, sem deixar de atender bem seu cliente de maior volume.
Hipermercado
Fazer compras em hipermercado já não seduz mais o shopper como ocorria antes. Grandes lojas, longos corredores, centenas de opções de produtos, em uma loja em que o cliente faz tudo sozinho. Apesar de bons preços, definitivamente essas características não combinam com conveniência. O consumidor sabe disso e os hipermercados estão passando por um momento delicado de revisão do seu modelo para torná-lo mais ágil e mais moderno para atender o novo shopper. A busca por eficiência e produtividade das suas operações é constante, assim como a busca por rentabilidade dos milhares de metros quadrados de suas lojas.
Lojas de Proximidade (ou de vizinhança)
As grandes empresas proprietárias de redes de hipermercado não estão paradas. Sabendo da dificuldade de mobilidade urbana, aliada à busca pela conveniência, redes como Carrefour e GPA, estão investindo pesado no desenvolvimento das Lojas de Proximidade, ou as chamadas lojas de vizinhança. São lojas menores que um supermercado, que concorrem diretamente com a lojinha de bairro, com a vantagem de ter suas compras centralizadas e com todo o know how do grande varejo.
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