A melhora gradual da conjuntura econômica, somada a algumas ações pontuais, como campanhas de renegociação de dívidas e a liberação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), contribuiu para aliviar o bolso do brasileiro neste início de ano.
POR VAREJO SA
03/02/2020
De acordo com pesquisa sobre a inadimplência do brasileiro, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o volume de brasileiros com contas em atraso caiu pelo segundo mês seguido e encerrou o ano de 2019 com uma queda de 0,2% na comparação com o ano anterior. A título de comparação, em 2018, o indicador havia encerrado o ano com uma alta expressiva de 4,4% no número de inadimplentes.
A estimativa é que aproximadamente 61 milhões de brasileiros tenham começado o ano de 2020 com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas.
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a inadimplência mais bem-comportada neste início de ano reflete um cenário de recuperação de crédito, impulsionado pelas campanhas de renegociação promovidas no fim do ano passado.
“A expectativa é que a inadimplência siga em queda pelos próximos meses, mas a passos lentos. A aceleração desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica e, em especial, daquilo que toca diretamente o bolso do consumidor: emprego e renda. Mesmo com a inadimplência caindo aos poucos, as famílias ainda enfrentam dificuldades para honrar seus compromissos em dia, tanto é que há um estoque elevado de pessoas com contas sem pagar”, explica Pellizzaro Junior.
RAIO X
Somando todas as pendências, cada consumidor inadimplente deve, em média, R$ 3.257,91.
Em dezembro, o recuo mais expressivo da inadimplência na comparação anual se deu nas dívidas com o setor de comunicação, que englobam contas de telefonia, internet e TV por assinatura: queda de 16,4%.
As dívidas bancárias, que levam em conta cartão de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos, caíram 1,9%.
As dívidas contraídas no comércio via crediário subiram 0,9%, enquanto as pendências básicas com água e luz cresceram 2,1%.
FAIXA ETÁRIA DA INADIMPLÊNCIA:18 a 24 anos – queda de 21,0% na quantidade de inadimplentes
25 a 29 anos – queda de 11,2%
30 a 39 anos – queda de 3,2%
40 a 49 anos – alta de 0,8%
50 a 64 anos – alta de 1,8%
65 a 84 anos – alta de 3,7%
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